quinta-feira, 26 de maio de 2016

Igreja Apostólica?

Igreja Apostólica?

Há algum tempo tenho observado que muitas igrejas estão acrescentando em seu nome a palavra “apostólica”, outras mudando o nome completamente, mas claro, usando a palavra “apostólica”. Tenho observado muitos lideres que outrora tinham o “título” de “pastor” mudarem da “Noite para o Dia” para o de “Apóstolo” como se fosse algo que os colocasse acima de tudo e de todos.
Infelizmente a realidade é que grande parte desses lideres e igrejas apenas estão “surfando” em uma onda de apostolicismo distorcido que impregnou-se no Brasil e vem se expandindo de forma avassaladora.
Diante dessa crescente situação, não fica difícil ver nessa “classe” dos que estão apenas “surfando” nessa onda, que há uma falta de entendimento e conhecimento acerca do ministério apostólico e profético muito latente e evidente.
Basta olharmos para tais igrejas e líderes e vermos que a única coisa que realmente “mudou” foi o nome e o título, pois os sistemas, os tradicionalismos e as religiosidades continuam as mesmas sobre os tais. Fica evidente nos cultos e na ações de que houve mudança na placa e no título, mas não na mente.
É bem verdade que nem sempre há uma má intenção desses que estão apenas na “onda”, e sim que estão desorientados sobre o ministério apostólico e profético.
Mesmo não havendo má intenção, essa falta de conhecimento tem proliferado uma série de distorções acerca de um ministério apostólico e profético genuíno, gerando até mesmo uma diversidade de heresias e dando margem ao surgimento de muitas outras heresias a cada dia.
O bom desejo que muitos tem de viver o “novo” de Deus ministerialmente, tem os feito pular alguns processos, porém são justamente esses processos pulados que trariam a formação sobre estes. Estão pulando os processos remendando pano novo em roupa velha. Querem o vinho novo de fato, mas mantêm-se como odres velhos.
A má formação dessas igrejas que apenas possuem no nome “apostólica” e desses líderes que somente possuem o título “apóstolo”, é refletida em sua imaturidade em se “portar” como odres velhos. Repito, muitos não são mal intencionados, mas sim mal orientados, consequentemente mal formados.
Um dos motivos desse desvirtuamento é a falta de humildade de muitos lideres que pensam e acreditam que sabem de tudo e não precisam de orientação de ninguém. Muitos lideres imaturos por nunca terem tido um pai espiritual que os conduzisse e os levasse a uma formação. Muitos lideres imaturos por que nunca desejaram ter um pai espiritual. Muitos que nem mesmo conseguem compreender acerca de uma cobertura espiritual legítima. Muitos que não possuem conexão com nenhum líder legítimo que tenha maturidade para conduzi-los a um alinhamento.
Uma geração de líderes órfãos sem identidade, procriando-se em muitos outros órfãos espirituais sem identidade alguma. A falta de humildade por si só já torna-se impossível de ser algo ligado ao “apostólico”, pois o apostólico tem a ver com governo e serviço, quem não tem capacidade de servir, não tem legitimidade para governar.
É só fazer uma auto análise, se permanece do mesmo modo como era antes da mudança da palavra “apóstolo”. Se realmente houve uma renovação da mente e sua consequência, transformação.
Analisar se a “nova igreja” aberta com placa de “apostólica” mantém os mesmos padrões e estruturas daquela que não tinha na placa a palavra apostólica.
No entanto há solução para esse problema de desvirtuamento do entendimento do ministério apostólico, basta tais líderes buscarem se conectar a líderes apostólicos que possuam uma consciência sadia e genuína sobre a atuação do ministério apostólico na atualidade. Que possuam uma legitimação de sua atuação nessa área após a nova reforma apostólica.
Acredito na atualidade e uso dos “ofícios” de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, assim como seus respectivos ministérios. Mas desaprovo a empregabilidade dos mesmos de forma errônea, incoerente, irracional e imatura.
Apesar desses muitos que estão militando sem legitimidade, gerando confusão no arraial dos santos, praticando barbaridades em nome de um título de “apóstolo”, ou de um ministério “apostólico”, ainda assim há uma geração de verdadeiros servos de Deus que não se corromperam e que mantém uma sã consciência acerca dos propósitos divinos.
Não é porque existe o falso que o verdadeiro não possa existir, mas é justamente pela existência do falso que pode-se compreender que existe o que é verdadeiro. Ainda há legítimos que manifestam-se com paciência, sinais, prodígios e maravilhas, que possuem o selo de seu apostolado.
O apostólico não é uma questão de informação, é um processo de formação! 


Pastor Apostólico Luiz Carlos - Igreja Cristã Cenáculo Apostólico - São Paulo - Brasil

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Profetas? Ou Advinhos? Por Cliff Bell

PROFETAS OU ADIVINHOS? Parte 1 - O perigo do egoísmo. 
Balaão, como muitos hoje, profetizava por motivos de lucro. Ele estava mesmo disposto a ser contratado por Balaque, rei dos moabitas, para profetizar maldição à Israel a fim de receber o pagamento em riqueza.
Balaão é um sujeito interessante. Ele profetizou a única profecia messiânica no Livro dos Números (24:17). Foi uma profecia acertada, e era de Deus. Obviamente Balaão podia ouvir a voz de Deus, mas também podia ouvir as vozes de demônios. Isto mostra-nos que os nossos ouvidos espirituais podem ouvir os dois lados.
Como muitos hoje, Balaão usou seus sentidos espirituais para benefício próprio, e não para servir a Deus nem para cumprir o Seu propósito. Números 24: 1 diz que quando ele profetizou procurou usar "encantamento" (feitiço). Ele decidiu contra ele naquela ocasião, e viu que não podia resistir à vontade de Deus, o qual insistiu em abençoar Israel e enviou um anjo para matá-lo caso ele não cooperasse. Josué 13:22 não identificou Balaão como um profeta, mas como um adivinho. Uma definição de um adivinho é aquele que ministra por meio de outro espírito.
Infelizmente, hoje em muitas igrejas abundam "profetas" e outros ministros que são, na verdade, adivinhos. Estes são aqueles que, em vez de servir a Deus, servem a si mesmos. Eles são aqueles que estão dispostos a profetizar o que seu público quer ouvir se a oferta for suficientemente grande. A cobiça é um sintoma da raiz do egoísmo. O egoísmo e o amor são completamente opostos. O egoísmo procura o seu próprio bem-estar. O amor procura o bem-estar dos outros.
Hoje o egoísmo ainda é o inimigo do verdadeiro movimento profético. O egoísmo polui o fluxo profético permitindo entrar o veneno de engano, de adivinhação e de feitiçaria. Pode ser uma "profecia", mas sua origem é um espírito diferente.
O EGOÍSMO NÃO SÓ SE MANIFESTA COMO O AMOR AO DINHEIRO (A COBIÇA). ELE SE MANIFESTA TAMBÉM PELAS SEGUINTES MANEIRAS:
- O desejo de ser visto e adorado pelos homens.
- O desejo de que outros reconheçam o seu dom ou ministério.
- O desejo de agradar aos homens mais do que obedecer a Deus (e então receber o pagamento do homem).
- O desejo de impressionar a pessoa que está sendo ministrada para promover seu ministério. O ministério profético nunca deve ser usado para o marketing pessoal.
- O desejo de ver a sua própria agenda avançando.

QUALQUER MOTIVAÇÃO ORIGINADA NO EGOÍSMO DENTRO DO MINISTÉRIO ESTÁ FORA DE ORDEM E CONVIDA À INFLUÊNCIA DE DEMÔNIOS (Mateus 10:8). Ministros que se fixam em homens como sua fonte de abastecimento em vez de confiar em Deus tendem a cair nessa armadilha. Eles acreditam que têm que usar algum tipo de truque para motivar as pessoas a darem oferta - normalmente oferecem uma "bênção" ou uma "unção especial” para dar em troca de uma certa quantia de dinheiro. Simão, o Mago aprendeu da maneira mais difícil que a bênção e unção de Deus não se vendem (Atos 8:20).
«18 Quando Simão viu que pela imposição das mãos dos apóstolos se dava o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, 19 dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo. 20 Mas disse-lhe Pedro: Vá tua prata contigo à perdição, pois cuidaste adquirir com dinheiro o dom de Deus. 21 Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus.» Atos 8:18-21
Devemos nos apegar à verdade de que DEUS é a nossa fonte de abastecimento e não o homem.
1ª Coríntios Capítulos 12 a 14 nos ensina sobre o coração de Deus com relação a profecia e o uso dos dons do Espírito Santo. No Capítulo 13, ele falou do amor, e não tinha mudado de assunto. Aqueles que desejam representar corretamente a Deus e proporcionar profecia consistentemente acertada precisam garantir que sua motivação é o amor ágape de Deus. Essa verdade também se aplica a todo o ministério e ministração espiritual. Devemos lembrar que como ministros representamos a Deus e não a nós mesmos.
1ª Coríntios 13:2,4-7 «2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria... 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.»
Que Deus nos ajude a desenvolver esse tipo de amor e manter a motivação certa.
Mateus 6:24 «Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.»
Que Deus nos ajude a discernir entre os profetas de Deus e os adivinhos egoístas. E o que é mais importante, nos ajudar a guardar o nossos corações, para que permaneçamos sensíveis a Ele todos os dias, e possamos desenvolver a motivação correta. Ministramos e transmitimos o que somos, e não apenas o que nós dizemos.
«Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.» Provérbios 4:23
Se Deus me permitir, eu estarei publicando a segunda parte deste ensinamento em poucos dias. Na segunda parte nós vemos com maior escrutínio a vida de Balaão para descobrir sete lições relevantes para cada cristão.
Se esta reflexão lhe foi proveitosa, por que não compartilhar com outros?
Estou aqui para servi-lo...
Cliff Bell
(Este artigo foi publicado originalmente em espanhol o 20 de janeiro, 2016. Traduzido por Cliff Bell, e revisado por Crisitane Fonseca Costa Correia.)