quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Profetas ou Adivinhos - Parte 2

Profetas ou Adivinhos - Parte 2


Em minha última reflexão escrevi de Balaão. Era um homem que foi usado por Deus para dar-nos umas profecias certas de Deus. No entanto, Josué 13:22 o identifica como um “adivinho”. Eu mesmo não o marquei assim, é o que diz a Palavra de Deus.
Alguns tem sugerido que eu estava “satanizando” a Balaão, e que ele não pode ter sido adivinho, porque nos deu umas profecias certas. Nessa reflexão quero investigar com mais profundidade e detalhe acerca de Balaão. Vejamos o que diz a Bíblia. O convido a abrir sua Bíblia e ler Números, capítulos 22-25. Esses são um pouco largos, mas creio que vale a pena ler-los até o final.
O Rei Balaque, dos moabitas, buscou contratar a Balaão. Queria que amaldiçoa-se a Israel, e enviou seus anciãos como emissários que contaram tudo a Balaão. Números 22:7-13 diz:
7 - Então foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com as DÁDIVAS DE ADIVINHAÇÃO nas suas mãos; e chegaram a Balaão, e disseram-lhe as palavras de Balaque.
8 - E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar; então os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
9 - E veio Deus a Balaão, e disse: Quem são estes homens que estão contigo?

Balaão recebeu os emissários de Balaque. A seu favor, Balaão disse que consultaria com Deus primeiro. Mas vejamos que Deus veio a Balaão com uma pergunta: Que varões são esses que estão contigo? Não é que Deus não sabia quem eram! Deus perguntou a Balaão para que pensasse bem a companhia que tinha.
10 - E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, os enviou, dizendo:
11 - Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem agora, amaldiçoa-o; porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo.
12 - ENTÃO DISSE DEUS A BALAÃO: NÃO IRÁS COM ELES, NEM AMALDIÇOARÁS A ESTE POVO, PORQUANTO É BENDITO.

DEUS ESTABELECEU QUAL ERA SUA VONTADE, E MANDOU BALAÃO NÃO IR COM BALAQUE. Outra vez, vemos que Balaão obedeceu a Deus e disse aos servos de Balaque que não pôde ir. MAS ME CHAMA A ATENÇÃO A MANEIRA QUE BALAÃO LHES AVISA:
13 - Então Balaão levantou-se pela manhã, e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco.

O que NÃO disse, revela sua atitude. NÃO DISSE: “Eu sirvo a Deus, e trabalho para cumprir a vontade de Deus. O que vocês desejam está contra a vontade de Deus, e como consequência contra os meus valores também. Não farei esse trabalho.” Somente disse isso: “Deus não me deu permissão.”
Balaque não gostou da resposta de Balaão e enviou outros nobres mais impressionantes para convencer-lhe. Desta vez prometendo que lhe honraria em grande maneira. Balaão poderia ter lhes dito: “Já lhes disse que não irei. A quantidade de dinheiro não me impressiona. Volte a sua terra já.” Mas NÃO o fez. Vejamos como Balaão respondeu a esses homem mais impressionantes. Preste atenção especialmente no versículo 19:
18 - Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, eu não poderia ir além da ordem do Senhor meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
19 - AGORA, POIS, ROGO-VOS QUE TAMBÉM AQUI FIQUEIS ESTA NOITE, PARA QUE EU SAIBA O QUE MAIS O SENHOR ME DIRÁ.


Vejamos que a princípio Balaão respondeu bem para agradar a Deus, PORÉM,  AGREGOU ALGO A MAIS. Balaão convidou os homens para se hospedarem com ele essa noite, para ver se por acaso Deus mudaria de posição, pois ele desejava receber o dinheiro e a honra que lhe ofereciam, mais do que agradar a Deus.
20 - Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.

A princípio parece que Deus mudou de coração, porque disse a Balaão que podia ir-se. Mas Deus não havia mudado. E a verdade é que Deus NÃO estava feliz com Balaão por haver insistido. COMO SABEMOS? Pois ainda que lhe disse que podia ir, Deus mandou um anjo para matar-lo no caminho. Ou seja, Deus estava irado com Balaão porque ignorava qual era Seu propósito já expressado e estabelecido.

Números 22:22a diz: E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário;

Em Sua misericórdia, Deus abriu os olhos do jumento para salvar a vida de Balaão. O jumento saiu do caminho quando viu o anjo, e Balaão se frustrou e começou a chicotear o jumento. Por fim, Deus abriu a boca do jumento, o qual disse a Balaão: “O que eu tenho te feito, que tens me chicoteado essas três vezes?” ( Números 22:28)
POR FIM DEUS ABRIU OS OLHOS DE BALAÃO PARA QUE PUDESSE VER AO ANJO QUE TINHA UMA ESPADA EM SUAS MÃOS. Foi ali quando Deus eliminou toda dúvida de que se Balaão não cooperava com Ele, era um assunto de vida ou de morte. Deus deseja que Lhe obedeçamos por amor, não porque está nos torcendo o braço. O fato de que Deus teve que “torcer o braço” de Balaão, é uma indicação que Balaão realmente não serviu a Deus, senão a si mesmo.
É interessante notar nos seguintes versículos desse capítulo, que Balaque ofereceu sacrifícios. A QUEM PENSA VOCÊ QUE BALAQUE ESTAVA OFERECENDO HOLOCAUSTO? Não era a Jeová, senão a Baal, um deus falso. Não há nenhuma indicação que Balaão levantou sua voz contra essa idolatria.
No dia seguinte, Balaque levou Balaão a um lugar alto de idolatria à Baal. Ali Balaque queria que Balaão amaldiçoasse a Israel. Outra vez, é interessante-me que Balaão não tinha nenhum problema em entrar nesse ambiente idólatra. Essa é outra indicação de que realmente não era servo de Deus Jeová.
Sabendo Balaão que se profetizasse contra a vontade de Deus, que Deus lhe mataria, ele então consultou-se com Deus antes de falar. Não era por consagração a Deus. Era por auto preservação. Deus falou com ele, e lhe indicou o que dizer. Cada vez que Balaão abençoava a Israel, o rei Balaque ficava cada vez mais inquieto. As duas vezes Balaão atuou com astucia humana, não dizendo nada contra Deus, mas ao mesmo tempo ENTRETENDO A BALAQUE com um olho fixo nas riqueza que lhe oferecia. A vontade de Deus estava estabelecida. Por quê não lhe disse “NÃO” a Balaque de uma vez? Por que participou na idolatria a Baal? O amor ao dinheiro o tinha debaixo de seu encanto.

Por fim, Balaque levou Balaão à um terceiro lugar, o MONTE PEOR, outro lugar de idolatria. “Peor” era uma manifestação de Baal, deus falso dos moabitas. “Peor” significa “uma abertura, como um bocejo.” Era a montanha onde os moabitas acreditavam que Baal habitava. Literalmente era um lugar “pior”, mais escuro que os outros dois. Matthew Henry comenta que pode ser que Balaque o levou ali, porque pensava que de lá, a casa de Baal, Deus não podia intervir como nas ocasiões anteriores. OUTRA VEZ, BALAÃO NÃO LEVANTOU RESISTÊNCIA, ainda que a adoração a Baal-Peor, em Moabe, tipicamente incluía a fornicação, pecado sexual.
Apesar de que estavam em um lugar de escuridão, Deus interveio uma vez mais para assegurar que seu povo fosse abençoado. Por fim, Balaão se deu conta que não pôde resistir a Deus. Números 24:1-2 diz: Quando viu Balaão que parecia bem a Jeová que ele abençoa-se a Israel, não foi, COMO A PRIMEIRA E SEGUNDA VEZ, EM BUSCA DE AGOURO, senão que pôs o seu rosto para o deserto; e levantando seus olhos, viu a Israel acampado por suas tribos; e o Espírito de Deus veio sobre ele.
Segundo a Escritura, as primeiras duas vezes, ainda que Balaão consultou-se com Deus e que profetizou uma palavra certa, ele utilizou métodos de agouro, de adivinho, de feiticeiro. Nessa terceira ocasião, não buscou agouro. Tão pouco buscou uma consulta com Deus. Parece que já aceitou que Deus insistia em abençoar a Israel.
Interessantemente, nessa terceira ocasião veio o Espírito de Deus sobre ele, quando profetizava. Isso NÃO significa que o Espírito Santo PERMANECEU sobre ele. Somente nos indica que nessa terceira ministração, profetizou pela unção do Espírito Santo. Talvez Deus queria que soubéssemos que não importa o ambiente, ou quantos demônios há, Jeová é maior, e o Todo Poderoso. ISSO TAMBÉM NOS ENSINA QUE UMA PESSOA PODE NEM SER UM CRISTÃO, E ESTAR TEMPORARIAMENTE UNGIDO POR DEUS PARA FAZER ALGO. Mateus 7:21-23 nos revela que é possível profetizar, fazer milagres e até expulsar demônios no Nome de Jesus, sem ter uma experiência de salvação pessoal e uma relação com Deus.
Balaão obedeceu o suficiente a Deus, para evitar que Deus o matasse nesse encontro com Balaque. Mas também é obvio que Balaão cobiçava as riquezas que Balaque lhe oferecia. 2° PEDRO 2:15 DIZ QUE BALAÃO “AMOU O PRÊMIO DA MALDADE”, E ENTÃO BUSCOU UMA MANEIRA DE TRAZER MALDIÇÃO SOBRE ISRAEL, SEM ARRISCAR SUA VIDA, PARA RECEBER O PAGAMENTO DE BALAQUE. Era como um menino egoísta, que trata de ver como pode achar o proibido por seus pais, sem romper a letra da lei. Ou seja, seu comportamento exterior se conformou a força, debaixo de ameaças de morte, mas seu coração estava longe de Deus.
Aconteceu que Balaão lembrou-se de que Deus disse que nem a maldição e nem a adivinhação, pôde ter êxito contra Israel, porque não houve iniquidade, nem perversidade em Israel (Núm. 23:20-21). Então BALAÃO INSTRUIU A BALAQUE QUE ENVIASSE PROSTITUTAS NO MEIO DO ACAMPAMENTO DE ISRAEL, PARA SEDUZIR AOS HOMENS A COMETER FORNICAÇÃO E ADULTÉRIO. Ele sabia que isso resultaria em que a proteção de Deus seria removida e ficariam amaldiçoados. Isso é manipulação. Lembre-se que a qualidade principal da feitiçaria é a manipulação e controle sobre a vida de outros.
Isso se confirma em Números 31:16 e também em Apocalipse 2:14 na carta de Cristo a Pérgamo: “Mas tenho umas poucas coisas contra ti: que tem aí aos que retém a doutrina de Balaão, que ensinava a Balaque a por tropeço diante dos filhos de Israel, a comer de coisas sacrificadas aos ídolos, e a cometer fornicação”. A carta a Pérgamo continua no versículo 16, chamando-os ao arrependimento, e se não, Cristo viria a lutar contra eles com a espada da Sua boca.
Que soberba tinha Balaão que pensava que podia manipular e maquinar para trazer maldição a um povo que Deus havia abençoado! Talvez não se deu conta que Deus resiste aos soberbos, e dá graça aos humildes (Tiago 4:6; 1°Pedro 5:5). Quantos ministros e cristãos hoje estão em soberba e experimentando dificuldades...tratando de “repreender ao diabo” quando não é o diabo resistindo-os, senão, Deus mesmo?
Ainda que Balaão pôde ouvir a Voz de Deus, É ÓBVIO QUE PÔDE OUVIR TAMBÉM AS VOZES DE DEMÔNIOS, E QUE LHES PRESTAVA ATENÇÃO. Certamente Não era a Voz de Deus que lhe deu a idéia de como armar contra os Israelitas, para que a proteção de Deus lhes fosse removida. Tristemente, seu plano diabólico teve êxito. Israel pecou, e até que se arrependessem, houve maldição (Números 25:1-15).
CONCLUSÃO:

Balaão era um homem com sentidos espirituais desenvolvidos. Não posso dizer que tinha “dons do Espirito”, mas tinha sensibilidade ao mundo espiritual. Seus ouvidos espirituais puderam ouvir vozes espirituais: dos dois lados. Me parece que atendeu a voz que lhe resultaria no melhor salário. Era seu costume utilizar sua habilidade para consultar-se com demônios, porque vemos que já tinha fama como adivinho. É por isso que Balaque o quis contratar. Todos já sabiam como operava. Se lhes levava as “dádivas de adivinho” (sua cota de feiticeiro), Balaão poderia abençoar ou amaldiçoar a quem você queira. Soa igual aos curandeiros e feiticeiros hoje em dia – alguns dos quais pensam que estão servindo a Deus.
Afinal de contas, BALAÃO NÃO TINHA UMA RELAÇÃO COM DEUS. Sabia DE Deus, mas não manteve uma relação COM Deus. Balaão estava completamente cômodo em ambientes idólatras. Sua meta não era cooperar com Deus, senão que conseguir o lucro. Buscou beneficiar a sí mesmo. Era egoísta. A única razão pela qual Deus o usou para profetizar palavras certas, é que Deus mesmo interveio, buscou a Balaão, e lhe forçou com ameaça de morte por Seu amor a Israel.
Mas, ainda depois de toda essa experiência, BALAÃO NÃO TINHA SUFICIENTE TEMOR DE DEUS PARA COMPROMETER-SE A SERVIR A DEUS, NEM PARA SEGUIR ABENÇOANDO A ISRAEL. Sabendo que Deus quis abençoar a Israel, Balaão operou de uma MANEIRA MALICIOSA para conspirar com Balaque e maquinar um plano que resultaria na maldição de Israel, ... e tudo por amor ao dinheiro. DESDE ENTÃO, O NOME DE BALAÃO TEM SIDO ASSOCIADO COM O COLOCAR TROPEÇO DIANTE DE OUTROS.
QUAIS PRINCÍPIOS RELEVANTES A NÓS APRENDEMOS DISSO?

1 - NÃO É SUFICIENTE QUE PROFETIZEMOS PALAVRAS CERTAS. É NECESSÁRIO TER E MANTER UMA RELAÇÃO PESSOAL COM DEUS.

Em Mateus 7:21-23 chegam os que tinham profetizado e feito milagres no Nome de Jesus, e Jesus lhes disse: “nunca os conheci, apartai-vos de mim fazedores de maldade...” O problema não é que tinham profetizado e feito milagres. O PROBLEMA É QUE JESUS NÃO OS CONHECEU. 

Não houve uma relação com Deus. A palavra “conhecer” na Bíblia, refere-se a uma relação íntima. De fato, essa mesma palavra é usada até para implicar a intimidade em um casamento. Mateus 1:25 diz que José não “conheceu” a Maria, até depois do nascimento de Jesus. Quantos ministros hoje em dia realmente cuidam de sua relação pessoal cm Deus?

2 - A DEUS IMPORTA QUAIS SÃO AS NOSSAS MOTIVAÇÕES.


As motivações que não estão de acordo com Sua natureza de amor, estão fora de ordem (1° João 4:8; 1°Coríntios 13). Uma das motivações mais comuns e completamente contra o coração de Deus, é a do amor ao lucro. O dinheiro não é o problema, senão o amor ao dinheiro.        
       
     
     


3 - É NECESSÁRIO BUSCAR CUMPRIR A VONTADE DE DEUS E NÃO A NOSSA.

Deus pode nos permitir seguir usando nossos dons ainda estando em erro, mas não significa que Ele esteja conosco. Devemos usar nossos dons para conquistar as metas de Deus, não as nossas. Deus quer edificar a Sua Igreja, não destruir-la. Temos que fazer morrer a nossa própria agenda e adotar a agenda de Deus.

4 - DEVEMOS CUIDAR DO QUE INSISTIMOS RECEBER DE DEUS.

Se Deus já nos disse que não, aceite a resposta. Quando Deus nos tem estabelecido que algo não é Sua vontade, é possível que por causa de nossa insistência concederá nosso desejo... mas cuidado, pode haver anjos com espadas no caminho. Esse princípio se confirma com a Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32).

5 - NOSSOS OUVIDOS ESPIRITUAIS, OUVEM VOZES ESPIRITUAIS.

Nossos ouvidos espirituais podem ouvir as vozes espirituais dos dois lados igualmente, fácil. São desenhados assim. Qual vamos ouvir melhor ou com mais frequência? Isso depende de nossa localização. Ainda que possa haver um caso especial como com Balaão, quando tem demasiadamente arriscado e em qual Deus interveio, normalmente é como as difusoras de rádio. Vamos poder ouvir melhor a difusora que está mais perto de nossa localização. O que vive mais perto de Deus, escutará mais a Voz de Deus. O que vive mais perto do diabo, escutará mais a voz do diabo, o enganador que imita a Voz de Deus, e até disfarça-se como anjo de luz para seduzir e enganar.

6 - O DIABO CONHECE QUAIS SÃO NOSSAS ÁREAS DE DEBILIDADE, E TRATARÁ DE NEGOCIAR CONOSCO usando toda classe de pressão para provocar-nos a profetizar contra a vontade de Deus, segundo nossos caprichos, desejos pessoais, ou para agradar ao homem. Por isso temos que guardar o coração, e estarmos firmes e comprometidos em relação ao nosso chamado, identidade e propósito. Temos que ser tão íntimos com Deus, que sabemos como Ele é e como pensa, para identificar e rejeitar os pensamentos que vem do diabo (2° Coríntios 10:5).

7 - NÃO É SUFICIENTE OBEDECER EXTERIORMENTE. DEUS QUER NOSSO CORAÇÃO INTEIRO.

Deus quer mais que nossa conformidade exterior temporária. Deseja implantar Seu coração ao nosso, para que amemos o que Ele ama e que pensemo tal como Ele pensa. Deseja que sejamos feitos conforme a imagem de Cristo (Romanos 8:29) em espírito, tanto como em comportamento. Necessitamos uma renovação do temor de Deus na Igreja – especialmente com os que tem o chamado de profeta.


NESSAS COISAS SE SEPARAM OS PROFETAS DOS ADIVINHOS.
É muito mais que uma questão de ter dons ou poder profetizar uma palavra certa. Trata-se do caráter, e de um coração totalmente rendido a vontade do Senhor, para poder representar-lhe corretamente.
E você? Como está sua relação com Deus? Porque você não toma uns momentos para meditar sobre estas coisas, e pedir a Deus que lhe revele se há, por acaso, uma área de seu coração que se requer arrependimento? Estou certo que você não quer ser um que cumpre as palavras de Cristo em Mateus 7:21-23. Alguém as cumprirá. Que Deus nos ajude a não nos tornar um deles: que havendo iniciado bem, termine mal. Necessitamos um avivamento do temor de Deus na Igreja.
Te animo a ler a primeira parte dessa reflexão, que fala da raíz do egoísmo e das maneiras em que se manifestam.
Se essa reflexão lhe tem sido de proveito, porque não a compartilha com outros?
Estou para servir-lhe...
Cliff Bell
Texto original traduzido com autorização do autor, por Luiz Carlos – São Paulo – Brasil
Original em espanhol: http://cimexico.org/2016/02/03/profetas-o-adivinos-parte-2-7-lecciones-de-la-vida-de-balaam/
 

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Alinhe-se com Os Propósitos de Deus

Alinhe-se com Os Propósitos de Deus



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Nenhuma Tempestade Dura Para Sempre

NENHUMA TEMPESTADE DURA PARA SEMPRE


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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Paternidade Espiritual - 1° Parte

Paternidade Espiritual - 1° Parte


Graça e Paz!

Sabemos que nos últimos tempos, especialmente após a Nova Reforma Apostólica, tem-se falado muito a respeito de cobertura e paternidade espiritual (ou "apostólica", o termo mais usado). Infelizmente os conceitos acerca do assunto não tem sido claros para alguns, e também tem sido deturpado por outros. Com as constantes migrações de pessoas de um lado para o outro (ou seja, de igreja para igreja, depois de outra para outra e assim por diante), tais emigrantes uma hora declaram que estão debaixo da cobertura e paternidade de "fulano", outrora já dizem que estão debaixo da cobertura e paternidade de "ciclano", alguns buscam desconciliar cobertura e paternidade de forma extrema e por aí seguem fazendo uma "salada mista" em seu histórico ministerial.

Ainda que iremos em outra oportunidade falar desse assunto (cobertura e paternidade espiritual), mesmo que confronte algumas idéias, conceitos e façam alguns saírem de sua zona de conforto, compreendemos que "pai espiritual ou ministerial" só há um, e que não se "troca" de "pai espiritual" a "torto e direito" quando der vontade. Quando olhamos para a "imagem de nosso pai natural" não podemos simplesmente dizer: a partir de hoje você não é mais meu "pai natural" e sair buscando outro, pois com todos erros e defeitos que um pai natural possa ter, ele sempre será "o pai", assim como também com todos acertos e qualidades, ele sempre será "o pai".
Diante dessa perspectiva, quero compartilhar parte da exposição do assunto feita pela apóstolo Jesher (feita a sua Rede, mas que é ferramenta para o Corpo), que coincide 
praticamente em sua totalidade (em relação a cobertura temos adendos a fazer) com nosso entendimento e é pertinente para o momento atual em que a Igreja de Cristo tem crescido sobre a terra e precisa estar alinhada. 

Que o Eterno possa iluminar cada vez mais nosso entendimento.  Luiz Carlos, pastor apostólico.


Sempre que há uma restauração ou mover de restauração na Igreja de Jesus Cristo, inicialmente, até por falta de conhecimento, acontecem muitos erros, até que se amadurece o assunto e começam os verdadeiros entendimentos.
Isto ocorreu desde a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero, depois com o advento do pentecostalismo, depois com a adoração, depois com guerra espiritual, depois com o mover profético e agora com o mover apostólico.
No mover apostólico, começou-se a falar em paternidade com uma das funções do apóstolo, entre tantas outras, e iniciou-se um processo de redes apostólicas, onde os pastores ou apóstolos, se definiam como filhos espirituais de um determinado apóstolo e este passava a ser sua cobertura espiritual também. Com o desenrolar do tempo, alguns filhos espirituais, por necessidades ministeriais, começaram a buscar métodos de crescimento, ou de outras áreas ministeriais necessárias ao desenvolvimento da Igreja, e passaram a chamar estes parceiros de cobertura, sem muitas vezes deixar o primeiro pai espiritual como sua paternidade, e outros trocando a cobertura e a paternidade ao mesmo tempo.
Preocupado com o assunto em si, e tentando encontrar um caminho correto, principalmente com relação a Rede que coordenamos, Rede da Aliança, iniciamos estudos e pesquisas a respeito do assunto, as quais quero compartilhar abaixo e dar a nossa conclusão.
Primeiro, a leitura de um texto muito conhecido, o filho pródigo, relatado em Lucas 15: 11 a 32.
Os dois filhos moravam na mesma casa e com o mesmo Pai. Esta Casa significa a cobertura que estava sobre eles, e o Pai a sua paternidade.
O filho menor entendeu a paternidade e que ela lhe daria direito a sua herança, e assim pediu a sua herança, mas preferiu sair debaixo da cobertura da casa e ir para outro lugar. Em outras palavras, não aproveitou a vantagem de ter uma cobertura (teto), e deixou esta cobertura, porém, levou o que tinha direito legal, a herança do pai. Levou porque acreditava que era capaz de fazer algo maior e melhor fora desta cobertura. Espiritualmente falando, não soube aproveitar o ministério que como autoridade estava sobre ele.
O filho maior, não aproveitou a paternidade porque não tinha identidade de filho, recebeu a herança, porém, manteve-se na mesma condição porque olhava somente a questão da prosperidade e a necessidade de ter dinheiro, e por esta razão somente ficou debaixo da cobertura. Sua identidade, na verdade, era de servo e não de filho, porque não enxergava seu pai como Pai, e não se via como filho, por esta razão não acreditava que era digno de entrar na festa. Para ele, o bezerro cevado (gordo), era para comer e celebrar entre criados e servos como premio dado por um patrão. A administração da casa, é para ser servos ou mordomos, mas quando se é filho, não administra, mas desfruta da casa.
Quando o filho menor se arrependeu, entendeu claramente que cobertura e paternidade teriam que andar juntos, disse: ?Pequei contra o céus e perante ti? . Necessitava de novo da cobertura da casa e do pai daquela casa, mesmo que fosse recebido novamente como seu criado.
Baseado nesta reflexão, me veio também outra ilustração, muito simples e interessante. Se um filho resolve cursar a faculdade de medicina e decide pela carreira médica, ele sabe que terá que usar a maior parte do seu tempo neste estudo e quando se formar, usará muito mais tempo, no seu trabalho e nas especializações que terá que fazer, cursando especializações, e congressos, para estar sempre atualizado a sua profissão. etc.
Seria uma grande aberração e ou erro grave, se este filho, dissesse ao seu pai biológico, que a partir de agora, por causa da sua profissão, terá que ter um pai da área específica da medicina, quem sabe seu professor, seu mentor, ou seu chefe, e deixar a sua casa paterna.
Em I Coríntios 4: 15 , Paulo escreve : ? Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo?
Esta palavra aio, vem do grego e significa literalmente : ?Uma pessoa que conduz uma criança?.
Em algumas traduções Bíblicas, no lugar de aio, você encontra a palavra preceptores. Esta palavra significa: , tutor, mentor. É muito usada na área da medicina para identificar a pessoa que é responsável pelos médicos residentes que estão em fase de estágio num hospital.
A conclusão final que chegamos, é que pai, é identificado uma única vez, e passa ser aquele que é a sua cobertura, mas todos os demais que estiverem no seu caminho, para ajudá-lo a crescer, se desenvolver ou treiná-lo, serão mentores, aios, ou preceptores, mas nunca pais, nem cobertura.
Espero estar ajudando, como apóstolo, a colocar fundamentos na Igreja de Jesus Cristo, nesta década tão importante, onde um grande derramar de Deus , do seu poder, do crescimento e expansão da Igreja , virá sobre a Igreja do Senhor Jesus na Terra, em especial sobre o Brasil e América Latina
No amor de Cristo
Jesher, apóstolo